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Como tratar feridas complexas? Chegou a 3ª onda de inovação na cirurgia vascular

Você já ouviu falar da 3ª onda de inovação na cirurgia vascular? Se a resposta for não, é hora de se atualizar. Esta revolução vem ganhando força nos últimos dois anos e tem sido destaque em congressos médicos da área ao redor do mundo. Novas tecnologias estão transformando as técnicas e tratamentos, chegando ao Brasil e revolucionando a abordagem de feridas complexas com a medicina regenerativa.

Durante muito tempo, pacientes com feridas complexas foram negligenciados. Eram vistos como os “patinhos feios” dos tratamentos vasculares. Mas será que esses casos desafiadores estão se transformando nos novos protagonistas da medicina? Parece que sim, graças a um conjunto de inovações que estão mudando o jogo.

Estima-se que entre 1% a 2% da população adulta apresente feridas crônicas, sendo a maioria delas de causa vascular e localizadas nos membros inferiores. Em idosos, sua prevalência chega a 4-5% da população. Dentre as feridas vasculares, as causas mais frequentes são as úlceras venosas (70-80%), seguidas pelas úlceras isquêmicas (obstruções arteriais crônicas) e úlceras neuropáticas diabéticas.

Nos Estados Unidos, a situação das feridas crônicas em membros inferiores (MMII) é alarmante. Aproximadamente 6 milhões de pessoas sofrem com essa condição, e na população idosa, a prevalência é de 15%. Projeções indicam que, até 2050, cerca de 25% dos idosos serão afetados por essas lesões. Estudos apontam ainda que 10% da população diabética desenvolverá feridas crônicas, das quais 84% evoluem para amputações. Esses dados são apresentados por Regina Okamoto, em seu trabalho publicado na revista “Ciências em Saúde Coletiva” da Unifesp, em 2018.


Tratamento de feridas complexas: a nova fronteira da Medicina Regenerativa

Segundo o doutor Sérgio Tiossi, cirurgião vascular que atua focado no tratamento de lesões complexas, estamos falando de tecnologias inovadoras que prometem resultados impressionantes no tratamento de feridas crônicas, como pés diabéticos, úlceras que não cicatrizam, feridas vasculares e úlceras de pele. “Estas novas abordagens utilizam aparelhos que estimulam a regeneração tecidual e reduzem a dor, além de coberturas inteligentes que aceleram a cicatrização”, explica.


Quais são as tecnologias de ponta para tratamento de feridas?

  • Coberturas inteligentes: protegem a ferida e estimulam o processo regenerativo.
  • Terapia por pressão negativa: curativos a vácuo que podem permanecer fechados por até cinco dias, drenando continuamente e reduzindo o inchaço.
  • Terapias físicas: incluem tratamentos com plasma, laser, ondas de choque e oxigenoterapia hiperbárica, oferecendo uma gama de opções com estímulos físicos.
  • Procedimentos biológicos: estimulação celular utilizando células do próprio paciente, eliminando o risco de rejeição.



O que dizem os especialistas

Conforme o doutor Lucas Trindade, cirurgião vascular e endovascular que atua focado no tratamento de lesões complexas, este tipo de procedimento vem passando por grande transformação. “Antigamente a gente falava de processo de cicatrização, e atualmente a gente fala de processo de reparo tecidual. Isso nos dá um ganho funcional e o paciente ganha uma capacidade de ser muito mais ativo. As principais técnicas atuais são as técnicas que envolvem a medicina regenerativa”, afirma.

Doutor Tiossi concorda com o doutor Lucas. Para ele, a grande inovação está no uso das tecnologias possibilitadas pela medicina regenerativa, como as células-tronco, que oferecem maior eficácia e agilidade no tratamento de feridas de membros inferiores. “A grande sacada é tratar o paciente, e não apenas a sua ferida. Brinco sempre que precisamos aprender a tratar o Seu João da ferida, e não apenas a ferida do Seu João. Esses pacientes são gratos ao tratamento e não medem esforços financeiros, pois veem resultados. Além disso, são pessoas que sempre trazem novos pacientes. O atendimento humanizado será cada vez mais um grande diferencial”, afirma.

Dr. Lucas também destaca a importância de olhar para esses pacientes com atenção. “Resolvi reservar um dia da semana no meu consultório de forma exclusiva para o tratamento de feridas e a cada momento percebo a necessidade de expandir. Hoje meu principal público de pacientes particulares são desse grupo.”, ressalta.

Se você ainda não está por dentro da 3ª onda de inovação na cirurgia vascular, é hora de abrir os olhos. Médicos, enfermeiros e demais profissionais da saúde que não se atualizam arriscam perder pacientes e sentir-se inseguros quanto às recomendações e tratamentos de feridas complexas. A revolução está acontecendo agora, e aqueles que estiverem na vanguarda terão uma vantagem significativa em um mercado que não para de crescer. Fique atento e prepare-se para fazer parte dessa transformação.

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